terça-feira, 16 de dezembro de 2008

16º

Bons Dia Tarde e Noite,
Cá tou eu pra dar sinal de vida a quem interessar. Vamos ao noticiário da semana.

FINAL DE SEMANA FIXE*
Na segunda, na terça e na quarta não aconteceu nada de muito diferente comigo não por isso vou pular esses dias e vou já até a quinta-feira. Para as pessoas normais o fim de semana inicia no sábado, no máximo na sexta à noite, mas pra mim começou às 7:30h da quinta feira. Como eu já prometi aqui fazer pedaços pequenos de texto porque se não ninguém lê (nem eu), vou calendarizar o post pra tentar resumir o que aconteceu nesses quatro dias de fim de semana.

Quinta – Mais umas fotos pro álbum de família
Tomei fôlego e fui procurar a certidão de nascimento do meu avô portuga Manuel. Com ajuda de um livro que alguém da família escreveu e da Sanara, funcionária do consulado, descobri que o registro dele estava na Cidade de Albergaria-A-Velha, mesmo ele tendo nascido na cidade de Frossos. Consegui chegar em Albergaria e foi bem mais fácil do que eu pensava: achei a Conservatória dos Registros Gerais (uma espécie de cartório) da região e lá estava o principal documento que eu preciso pra ter a nacionalidade portuguesa.
Dali, eu estava com vontade de ir conhecer a cidade que o vô nasceu. Assim eu fiz, já que ainda eram 12:45h da manhã e eu já havia conseguido o documento. Durante o almoço (sanduíche de queijo e presunto), resolvi ler a tal certidão. Nela, descobri que meu avô nasceu em casa (talvez fosse costume na época), então peguei mais gás ainda pra descobrir o tal lugar. Sem contar que eu também queria conhecer a tal rua batizada de Fortaleza Capital do Ceará como eu já disse aqui anteriormente.

Cheguei em Frossos e a primeira coisa que fui procurar foi a tal da rua. Nas páginas do livro que eu tenho dizia que era o nome de uma das principais ruas da cidade. Vejam o vídeo que eu fiz e tirem as próprias conclusões se essa rua já chegou mesmo a ser ma das principais. Talvez tenha sido, mas há muito muito tempo. Desculpem a narração, tou parecendo aqueles jornalistas do Globo Reporte quando vão “onde nunca nenhum repórter esteve antes no topo do Everest”, mas é que tava frio pra cacete naquele dia e eu tava quase sem fôlego. Foi nessa mesma rua que eu consegui pegar umas oito laranjas pra mim. O quilo da laranja mais barata aqui é 059€/kg e lá tava de graça o galho da laranjeira pra rua.

Rua Fortaleza Capital do Ceará from diego bonito on Vimeo

Depois, com a ajuda de uma comerciante, consegui chegar onde eu queria. Olha só o que eu descobri:
A Elizabete, talvem uma prima ou tia muito distante. Não sei bem se por medo de eu está a procura de herança (sei nem se tem) ou se é dela mesmo, não foi muito receptiva. O máximo que descobri é que ela é da família, onde ela mora, que tem um Renault Clio prata, tem uma filha, tem o mesmo nome da minha mãe e o marido dela trabalha na cidade em que eu moro. Fora isso, quando fui à casa dela pra tentar conversar e descobrir algo mais, ela pediu pra dizer que não estava. A Joana, uma amiga do curso, disse que aqui é assim mesmo, as pessoas são meio receosas. Talvez seja mesmo, depois fiquei imaginando como eu iria reagir se num dia qualquer aparecesse alguém que eu nunca vi na vida dizendo que é da minha família. Esse brasão a menina que disse que a Bete não tava, me falou que é o da família, mas eu não sei dar certeza.


A casa que o irmão do pai do meu avô (tio do vô) morava. O Mário


A casa do pai do meu avô e do meu avô também.


Como não havia ninguém em casa e a comerciante que me ajudou a achar a casa me falou que a empregada estava, fui lá e chamei por alguém. Quem me atendeu foi um pedreiro (tá em reforma o quintal) que me levou até a cozinha da casa (que fica dentro do terreno mas separada da casa, onde estava a DONA MARGARIDA. Ela trabalha pra família já há 52 anos e me recebeu bem pra caramba na cozinha dela. Muito gentil a Dona Margarida. Muito gentil mesmo. Conversou comigo, contou mais ou menos como era a família (mas boa parte eu não entendi por causa do sotaque), se preocupou em arrumar uma forma de eu voltar pra casa e quando me despedi me deu um puta abraço e desejou muita “saudinha”. Eis a dona Margarida (em pé) ao lado de uma amiga e mais fotos da casa que o vô Manel nasceu:


Deixei meu telefone e meu mail pra ela entregar ao Pelaginho (alguém que também é da família mas não sei o que é meu). Acho que eles não vão entrar em contato, mas enfim.

Essa foi a comerciante que me ajudou. Esqueci de perguntar o nome da tiazinha.


Depois, na hora de ir embora, perdi o autocarro que voltava pra cidade de Albergaria, mas mais uma vez com a ajuda da comerciante e do marido dela, descobri logo ali a meia hora de caminhada havia uma rotunda com mais autocarros para Albergaria. Eu só gostaria de dizer que a rotunda ficava mais exatamente a cinquenta minutos de caminhada pela estrada já na cidade vizinha. Por sorte eu encontrei um restaurante (com um nome muito peculiar, por sinal) que pude tirar água do joelho no meio do caminho e me certificar que não havia me perdido mesmo andando em linha reta.


Finalmente consegui apanhar o autocarro de volta por Porto.


Sexta – Minha 1ª vez aqui no Porto foi logo com umas francesinhas gostosas
Já nesse dia, eu e a Lívia (a carioca) fomos patinar no gelo lá na praça de Aliados. A aula tinha terminado mais cedo e é de graça. Depois de uns 5 minutos lá deslizando pra cima e pra baixo, descobri que na primeira vez que eu vou patinar numa pista de gelo, a pista não é de gelo e sim plástico… mas a diversão foi a mesma e a queda que eu levei também.


Ainda pra sexta, os meninos da turma combinaram de sairmos pra comer umas francesinhas.
Perguntaram se eu já havia comido alguma.
Eu disse que não.
Alguns disseram que são muito gostosas, já outros já foram me alertando que são muito apimentadas, mesmo assim como era pra interagir, lá fui eu.
São gostosas mesmo elas.
Depois de comer as francesinhas, alguns foram fumar.
Na volta, vieram com montes de camisinhas pra me dar, mas já era tarde, eu já tinha começado a comer a minha.


Foi nessa sexta também que voltei a tomar uma cervejinha geladinha no ponto depois de seis longos meses de abstinência. Mas também foi só uma porque o dinheiro não dava. E por mais que a Joana insistisse pra eu beber mais que ela pagava, quase eu cedi. Mas me controlei porque afinal, quem me conhece depois de uns gorós sabe bem como eu fico. Então, foi melhor eu ter ficado sóbrio mesmo e evitado umas estripulias logo na primeira noite.
Foi a primeira vez que sai na noite aqui e com o pessoal da FBAUP. Putz! São muito gente fina, todos eles. Quero até aqui agradecer a eles e dizer que foram “brasileiros” pra caramba naquela sexta.



Das francesinhas fomos ao Bar do Piolho. Ponto tradicional de encontro dos universitários daqui. De lá, fomos ao Maus Hábitos, uma danceteria que eununca ia descobrir que ficava ali onde ela fica. É uma portinha que só passa uma pessoa por vez e só da pra saber que é lá porque tem um adesivo na porta. A gente sobre uns 3 ou 4 lances de escada e tchrãm! uma danceteria com vários ambientes (bar, shows, lounge, área de fumantes, galeria) na cobertura do prédio.
Mas aí do nada a noite teve que acabar. As meninas que eu moro estavam sem as chaves e estavam do lado de fora. Tive que voltar.

Sábado – Luz, Câmera, Aç… Cadê o filme?
Assim que eu acordei, fui fazer duas cópias das chaves, pra que ninguém volte a ficar do lado de fora de casa e outro alguém (eu) tenha que vir mais cedo da folia.
As meninas marcaram que nesse sábado ia rolar filme (o Henrique, amigo da FBAUP me arrumou Madagáscar 2), quando já era umas 18h ou 19h e pouco da noite e já tava todo mundo em baixo das cobertas prontos pra assistir o filme, foi que eu lembrei que ele estava dentro da pendrive que eu esqueci com a Joana. Lá vou eu até Aliados, onde ela estava expondo umas luminárias que fez com o namorado (muito bonitas por sinal) numa feira que tava rolando dentro da Plano B, uma outra danceteria. Muito massa o lugar. Bati umas fotos pra mostrar:


Voltei pra casa e curtimos o Madagáscar 2 (preferi o primeiro Madagascar) e depois do filme rolou umas partidas de UNO e quem perdeu (graças a Deus não fui eu), teve que ficar 30 segundos do lado e fora do prédio só de calça, chinela e camiseta regata.

Domingo – Eu vi o Pai Natal!
Acordei, tomei café e descobri que já estava na hora de ir pró desfile anual de Pais Natal aqui do Porto. Quando fiquei sabendo, Fiquei afim de ir ver, aí na sexta quando eu e a Lívia fomos aos patins, descobrimos que poderíamos participar e era 0800. Quando chegamos ao lugar ganhamos a roupinha do Pai Natal (nem com uma camiseta, uma blusa de manga comprida, uma agasalho e uma roupa de Papai Noel eu consegui parecer mais gordo), enfeites pra por em casa (que a gente não tinha, exceto pelas estrelas na porta que os antigos moradores deixaram e uma cestinha com o desenho de uma abóbora que Glauciana trouxe no dia das bruxas), garrafinha de água, enciclopédia do Jornal de Notícias que é um dos organizadores do evento (meu Deus, só aqui mesmo quie vocô vai pra uma parada e recebe de presente uma enciclopédia pra carregar por todo o caminho. A minha é a parte que fala da Europa Central) e uns balões que logo a gente teve que jogar fora porque o vento ficava puxando. A organização estava a espera de 18.000 pessoas, mas parece que foram só 14.000. Era tanta gente que dava pra brincar de “Onde Está o Wally?” Ano passado eles bateram o próprio recorde e parece que esse ano também. Logo, eu também entrei pro Guines Book. Tenho até diploma de participação. Chega de falatório e vamos ao vídeos e às fotos.



Desfile de Pais Natal from diego bonito on Vimeo

Balanço Geral do fim de semana:
Ainda nem peguei no trabalho de infografia,
Não corrigi o trabalho de tipografia pra sexta;
Não fiz o esquema de Projeto pra entregar amanhã;
Um calo novo no pé direito;
A Lívia deu entrevista p TV;
Nem sei por onde começar o trabalho de Ilustração;
41 euros a menos no bolso;
Não consegui falar com o pessoal lá em casa;
Tenho 14 novos vídeos;
Tenho 255 novas fotos;
Achei parte da família;
Ganhei 16 novos amigos;

É, esse foi meu fim de semana. Bem que eu tentei fazer o post curto, mas não deu.
Quanto à entrevista da semana passada: Era uma furada. Era pra ser vendedor porta a porta de um aspirador de pó que fazia massagem, limpava casaco e lavava tapete.

*fixe: legal, massa, supimpa, bacana.

5 comentários:

Anônimo disse...

Didiiii...
Adorei as novidades! =) Vc vai ver como as coisas só vão melhorar... Cheio de amigos, saindo, se divertindo, enfim... Ainda bem que vc mandou fazer cópia das chaves, viu? Já era pra ter feito isso há muito tempo... hehehe... Muito legal essa parada dos papais-noel tbm... Vai ficar cheio de história pra contar! =) Boa sorte na busca de seus familiares, espero que dê tudo certo! Em breve meu amigo vai ser um autêntico portuga! hehehe... Aproveite muito!
Saudades!
Beijo grande!

Unknown disse...

dieguiiin! emocionante o episódio com a comerciante e a dona margarida. lindo, lindo! boa sorte, viu!
comecinho de janeiro aguarde uma lembrancinha daqui.
beijos

Anônimo disse...

SAUDADIEN.

Adorei a foto mei embassada com os quadrinhos. Estava a passear pela Unifor e vi passar uma caminhoneta do ponto da pamonha. Foi prá lá que tu fez? Só lembrei de ti.
Adorei as francesinhas* hahaha


Saúde meu querido!

Anônimo disse...

Muito legal a descrição da sua viagem por terras lusas.

Albergaria-a-Velha e Frossos não são cidades. Albergaria-a-Velha é Vila e Frossos é um lugar(uma espécie de aldeia).

Frossos já teve uma grande importância, tendo sido vila e sede de concelho entre 1124 e 1836, contudo actualmente é a mais pequena freguesia do Concelho de Albergaria-a-Velha.

Como diria Camões "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"

Anônimo disse...

Procurando no google, encontrei a informação de que Pelágio Oliveira Brandão, fundador da Fábrica Estrela (Fortaleza - Ceará), nasceu em julho de 1946 em Frossos, Albergaria-a-Velha.

Será da sua família ?